31
Mai08
O fim de um tipo triste
Paulo Tunhas
Aparentemente, Luís Filipe Menezes deixa hoje de estar à frente do PSD. É uma coisa óptima. Luís Filipe Menezes – como se podia saber muito antes de ter chegado àquele cargo, e como ele amplamente se encarregou de confirmar -, foi um horror absoluto à frente do PSD. Mesmo para alguém que se interesse pouco pela matéria, é uma evidência indesmentível. A incivilidade (com respeito a Pacheco Pereira, por exemplo), o permanente dramatismo da pessoa própria, o patético sistemático, e outras muitas coisas assim – o ódio, como foi notado: sim, o ódio, com uns acenos húmidos de humildade -, saltavam aos olhos. Quem vier depois, quem quer que seja, não será pior. Pelo menos não terá aquela tristeza (“tristeza” é a boa palavra, e, num certo sentido, resume-o: um tipo triste, com o muito mal da inferioridade da tristeza). Pelo menos isso. Deste livrámo-nos.