A liberdade e o gosto
Maria Teresa Horta (MTH) deixou bem claro que não admite ser satirizada pelo 'Inimigo Público' (suplemento satírico do 'Público'); a escritora diz que o seu "bom-nome" foi ofendido por uma rábula e, em resposta, ameaça processar o jornal. Há três respostas a dar a MTH. Primeira: a nossa feminista de serviço precisa de aprender a diferença conceptual entre sátira e jornalismo. Segunda: a falta de humor é curável. Terceira: este caso revela que MTH não sabe o que é viver em liberdade. A escritora recorre a um mecanismo típico das mentes pouco arejadas: a liberdade, diz ela, não pode dar origem à licenciosidade. Ou seja, quando alguém goza com o feminismo ou com a própria MTH, não estamos perante um acto de liberdade, mas sim perante um acto de mau gosto. Salazar também adorava transformar a liberdade numa questão de gosto.