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blogue atlântico

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30
Set07

Outros atlânticos

Paulo Pinto Mascarenhas
30
Set07

Outras guerras (III)

Paulo Pinto Mascarenhas
Rodrigo,

A questão não é a de saber onde estão as elites. A questão é que a candidatura de Luís Filipe Menezes - e ele próprio - fez da campanha um combate contra o que chamou de elites. Foi uma campanha basista - ou populista - prometendo, por exemplo, entregar às bases as escolhas das listas de deputados. Explorou o pior dos sentimentos que existem nestas mesmas bases: o da inveja de não serem elas as eleitas, "serem sempre os mesmos". Normal, por isso, que personagens como Isaltino Morais rejubilem de alegria e considerem agora possível poder regressar ao partido. Não digo que Marques Mendes não mereça a derrota. O que repito é que Menezes também não merecia a vitória e o facto de ganhar é um mau sintoma do estado em que se encontra o PSD e um péssimo sinal para o país.
30
Set07

Ler

Paulo Pinto Mascarenhas
O engraçado é que, num ápice, Santana blasfemou contra as supremas divindades nacionais: a televisão e o futebol. E os portugueses, em geral atentos e venerandos face a ambas, correram para os blogues e os fóruns "on line" a exaltar Santana, que fez uma carreira à custa das câmaras e da bola, e que acabou a noite como um herói de facto improvável e muito português. À saída, o herói proclamou duas coisas: a) o país está doido; b) o país tem de aprender. A primeira é uma evidência, a segunda uma ilusão.

Alberto Gonçalves, no "DN" de hoje.
30
Set07

Outras guerras

Paulo Pinto Mascarenhas
Não vejo a disputa Menezes/Mendes como uma guerra norte-sul, mas parece-me que existe por aí quem assim a entenda. Nesta versão, o derrotado Mendes era o homem do aparelho, telecomandado à distância pelos barões sulistas e elitistas, do velho eixo Lisboa/Cascais. Menezes é o candidato que veio das berças, o nortenho que até troca os "vs" pelos "bs". Não é essa a minha concepção de elites - as quais, como julgo que todos concordarão, são indispensáveis a qualquer projecto político. Elites, na minha concepção, não é palavrão e não tem a carga negativa que a campanha de Menezes lhe atribui. Sem elites - intelectuais, políticas, culturais, académicas - não se pode pensar em construir uma alternativa credível.

Ou seja, não é por elitismo social ou regional que a vitória de Menezes é uma má notícia para o espaço do "centro-direita" e, sobretudo, para o país. Nem pouco mais ou menos. Concordo ainda que Menezes é tão populista como José Sócrates, pelo menos em campanha eleitoral - e concordo com o RAF ao citar o excelente post de João Miranda. O problema é que não acredito que a alternativa ao populismo de Sócrates e do PS seja mais populismo do PSD - ou/e do CDS. Entre caminhos iguais ou paralelos, o povo português irá preferir o que já conhece.
30
Set07

Pedro Aires Oliveira

Henrique Raposo

Os Despojos da Aliança, pela Tinta da China.
Autoria? Pedro Aires Oliveira, um dos mais talentosos historiadores portugueses. Assunto? Relações entre Portugal e a Grã-Bretanha entre 1945-1975, tendo como pano de fundo a questão colonial portuguesa (hot, hot, hot). Ou seja, não é aquela historia das estruturas que decidem pelos homens e com os gráficos no lugar das ideias. É história política com os homens no sítio certo, isto é, ao centro da narrativa.

Ainda não li, mas já gosto.
30
Set07

No comments

Paulo Pinto Mascarenhas
Compreende-se que Cavaco Silva se tenha recusado a comentar as directas no PSD. Por razões institucionais, como avisaram de Belém. O Presidente da República não comenta resultados de eleições partidárias, é óbvio. Calcula-se que o resultado não tenha agradado ao ex-presidente do PSD. Os eleitos fazem parte do grupo que o fez perder a paciência e abandonar funções partidárias quando era primeiro-ministro.
30
Set07

Olhar os jornais do dia

Paulo Pinto Mascarenhas
Esta é uma daqueles domingos em que vale a pena comprar e ler as diferentes coberturas da vitória de Luís Filipe Menezes no "Diário de Notícias" e no "Público". Ambas são bons produtos jornalísticos: bem escritas, com pluralismo de opiniões. Gostei especialmente da coluna de Paulo Tunhas no "DN". Ambas as edições, sendo claramente diferentes, em contraste de olhares, provam que o bom jornalismo não precisa de ser objectivo.
O "DN" é claramente mais favorável ao novo presidente do PSD, dando-lhe editorial com boas expectativas, voz, pré-programa - e classifica de notáveis Ângelo Correia e Arlindo de Carvalho ou de esperanças o presidente da câmara de Espinho, Ribau Esteves. Assume a sua costela mais popular, adoptada aliás desde que a actual direcção assumiu funções. Isto não deve ser lido como uma crítica. Aliás, é muito consistente o conjunto de peças jornalísticas. Tunhas dá o contraponto na opinião.
O "Público" mantém, nesta escala de valores, o seu elitismo, o que, julgo eu, é coerente com o que os leitores esperam do jornal. Sem menosprezar Menezes, longe disso, reflecte alguma preocupação das "elites" do PSD, nomeadamente de Pacheco Pereira, com a liderança de Menezes no maior partido da oposição. A ler também o editorial de Manuel Carvalho.

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