Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

blogue atlântico

blogue atlântico

04
Jan09

Adeus Atlântico

Atlântico

Este blogue acaba hoje, a pouco mais de uma semana de celebrar três anos. O aniversário seria já no próximo dia 12 de Janeiro, data da minha primeira "experiência atlântica" na blogosfera. Perante a opinião claramente maioritária dos Atlânticos, expressa no próprio blogue ou por email pessoal, esta é a única decisão lógica, que assumo como minha. Também para mim, fecha-se o ciclo atlântico. Depois da suspensão de uma revista de debates e de ideias que conseguiu publicar ininterruptamente durante 36 meses - e de que fui director durante 26 deles - segue-se o fim do blogue. Sem dramas. Basta ler os jornais diários, semanários e revistas, escutar rádios e acompanhar as televisões, mas também os blogues e as boas livrarias, para constatar que o espírito da revista Atlântico e do blogue Atlântico está bem vivo, prometendo continuar a andar por aí. Agradeço uma vez mais o empenho e o esforço dos autores que tornaram possível esta verdadeira aventura em Portugal. O meu agradecimento também a todos os leitores e comentadores.

 

1, 2, 3 - até à próxima.

 

 

[Paulo Pinto Mascarenhas]

04
Jan09

Fins e Começos

joao moreira de sá

 

Infeliz coincidência, tinha agendado para amanhã, Segunda 5, um post de divulgação do novo projecto em que estou envolvido, a que pomposamente (mas com noção da devida modéstia) chamo "a casa do humor".
 
Falo do PNEThumor, um site inteiramente dedicado ao humor. Em tempo de anuncio de fins e despedidas, creio que não me ficará mal anunciar um outro começo e deixar um convite a uma visita.
Nasceu hoje, nasce oficialmente amanhã, dia 5.

 

As minhas "arcebispadas", essas mantâm-se por aqui.
04
Jan09

Bons tempos

Paulo Tunhas

Uma semana em Istambul, e, de regresso, uma pessoa depara-se com uma coisa destas. O Paulo de partida – espero que não para o fim do mundo, de bloco na mão, como acontece aos jornalistas da TSF -, um coro de choros de despedida, mais rodopiante que o mais rodopiante dos derviches, a altiva hombridade do Henrique, e o blogue a entrar tranquilamente pela não-existência dentro. Não é que o final de 2008 – em que descobri que aos olhos de uma cidadã ateniense eu próprio era nem mais nem menos do que o primeiro-ministro de Israel - não me tivesse já preparado para sinistros pensamentos de lancinantes rupturas. Três dias consecutivos, dois passos atrás da imperiosa compradora, a carregar tapetes, especiarias e faianças pelo labirinto do Grande Bazar, com o ocasional chá de maçã no intervalo das compras e a milésima resposta a um inquérito sobre a minha nacionalidade (um passatempo favorito dos locais), iam sendo destruídos por um jantar em que, a partir de certa altura, o único diálogo, se é que a palavra convém, se reduzia ao dedilhar das teclas do telemóvel pela representante da civilização helénica, que enviava furiosamente mensagens a personagens por mim ignoradas. Nestas situações (é um conselho que dou, e garanto que sei do que falo) convém exorbitar de delicadeza: juro que funciona. Passado o último espasmo da raiva adversa (um comentário subtil sobre o facto de umas tímidas gargalhadas matinais com o Hot Water de Wodehouse incomodarem mais o sono do que o canto do muezzin da Mesquita Azul – em plena forma, de resto, naquela manhã nevosa), tudo voltou à perfeição, e o mundo reconstruiu-se propiciatório para 2009. Muito propiciatório, mesmo. Com o blogue, desgraçadamente, não é a mesma coisa: acaba a sério. Como é tarde demais para me lançar ao Bósforo, só me resta agradecer ao Paulo, e aos outros, os tempos do blogue. Foram bons tempos. Quanto ao jantar, a meio caminho entre Lisboa e Porto, cem por cento de acordo. Como diria o inventivo Packy (ver livro acima): Cigarettes? Wine? Why, this looks great. It’s the old Omar Khayyam stuff.

03
Jan09

That's all folksclore!

Afonso Azevedo Neves

Bem... foi bom, mesmo muito bom. Obrigado ao Paulo por esta magnífica oportunidade e continuarei no A Grande Alface e para quem não grama o que escrevo também por aqui.

 

Se alguém se lembrar de fazer uma noite final dos Atlânticos é favor avisar que eu não pude ir da última vez.

 

'brigadinhos!

03
Jan09

Arcebispada final

joao moreira de sá
Paulo,

Penso que, uma vez feitas todas as despedidas, caber-te-á fechar a porta.
Não fúnebre, só elogio.
Nem necessariamente famous, apenas last words.
Antes que isto se torne num chain-post de adeuses.
Se acaba, que tenha um ponto final.
Este é o meu.
A todos os que não quero ofender chamando colegas, mas parceiros de escritas sem dúvida, foi um prazer e uma honra.
Aos leitores, visitantes desta casa digo apenas que eu também era.
Aos que além das pessoas dignas e sérias que aqui escrevem se davam ao trabalho de me ler também, têm a minha paróquia à disposição.
03
Jan09

Good Night, and Good Luck

Bruno Gonçalves

Já há 4 anos que me encontro neste mundo virtual que são os blogs. Desde há dois anos que tenho o prazer de escrever e partilhar este espaço que é o Blog Atlântico. Tudo tem o seu fim. Despeço-me agradecendo a todos os leitores e comentadores que por cá passaram, aos meus colegas Atlânticos e um agradecimento muito especial ao Paulo pela oportunidade e privilégio que me deu para escrever neste espaço. Desejo-lhe o maior sucesso no seu próximo projecto.

 

Estou certo que encontrarei os meus camaradas Atlânticos noutros espaços e noutras lutas, por isso espero que o adeus seja breve. E tal como Edward Murrow, despeço-me com um simples Good night, and good luck.

03
Jan09

So, this is goodbye

Ana Margarida Craveiro

 

 

Não tenho grande jeito para despedidas. Que seja um eclipse rápido, então: obrigada por este tempo. A todos, atlânticos e leitores, mas muito especialmente ao Paulo e ao Henrique. Obrigada por me terem feito sentir bem vinda durante este quase ano e meio.

03
Jan09

Do tempo que vivemos e do que há-de vir

João Moreira Pinto

Celebrando o Dia Mundial da Paz, falou-se das disparidades sociais como geradores de violência. A pobreza como causa e consequência dos conflitos armados deverem fazer-nos olhar não só para o que passa por esse mundo fora (e a realidade lá fora é triste), mas também ao que está a acontecer à porta das nossas casas.

 

O Estado garantia em que nos fizeram acreditar, habituou-nos mal e preparou-nos pior para o que possa aí vir. Um Estado que se substituiu à família em todo e qualquer apoio social, nomeadamente ao nível educativo, assitencial e financeiro, desresponsabilizou-a. Perante a crise que veio para ficar, a população vai exigiar cada vez mais do Estado: vai querer que lhe dê emprego ou um subsídio, vai querer que lhe dê incentivos, vai querer que lhe eduque as crianças e lhe dê de comer; vai querer que lhe fique com os velhos. Vai querer tudo e mais alguma coisa. Cada vez mais.

 

Distribuindo dinheiro a quem lhe estende a mão, priveligiando os ricos e os pobres, o Estado puxa pelas pontas e cria, no meio, tensões cada vez mais graves. A classe média estica, estica e fica cada vez mais magra. A corda vai acabar por partir e o conflito vai estourar.

Pág. 1/6

Links

Outros Mares

Outras Ondas

Arquivo

  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2008
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2007
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D