PSD
Já o PSD poderá ter uma missão mais difícil, ao não poder ficar refém de Belém. Para tal, tem de fazer algo que devia ter concretizado há muito: Desligar-se de Cavaco. Esquecê-lo. Perceber que o Presidente da República já não é do PSD, nada lhe deve e nada lhe dará. Sempre que olhar para Belém, o PSD deve ver, não a face de Cavaco, mas uma daquelas imagens negras e sem rosto. A de um homem sem ligações e sem passado. Assim, deve apoiá-lo quando sentir que lhe cabe fazê-lo, e criticá-lo quando seja essencial. Apresentar e defender, sem complexos de qualquer espécie, políticas e medidas alternativas à dos socialistas, que julgue indispensáveis para a resolução dos problemas que enfrentaremos em 2009. Não ter receio da inovação; da diferença; do confronto e da política. Só, dessa forma, a presença de Cavaco em Belém, não anulará a liderança social-democrata.