O BE e a life of Brian
Parece que Napoleão Bonaparte preferia generais com sorte a bons generais. Sócrates é o melhor exemplo disso. Não bastava ter uma oposição inexistente à direita que entre comentários infelizes sobre cancros, rezas para que a situação económica se deteriore e análises psicológicas profundas acerca do poder dos blogs e dos secretários de Estado, vai mostrando que a estratégia do populismo silencioso está condenada ao fracasso, vem agora o BE mostrar – se mais provas fossem necessárias - que não é uma força política que se possa levar a sério.
O episódio Sá Fernandes vem, mais uma vez, lembrar que o BE apenas conhece a lógica do protesto pelo protesto e que não está minimamente interessado em colaborar em qualquer proposta de governação seja ela qual for. No fundo, o BE é uma espécie de partido anarquista de terceira geração: “há poder? Somos contra”.
O BE parecia ter uma proposta diferente, que iria arriscar o poder, que iria testar as suas propostas, afinal é apenas mais conjunto de rapazes com saudades do PREC e que, pelos vistos, nada aprenderam com ele.