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blogue atlântico

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04
Set08

Recibos verdes: ainda continuo a sonhar

Miguel Morgado

O proletariado das "profissões liberais" que trabalha com recibos verdes há muito tempo que conhece a história contada pela Sofia Bragança Bucholz. São milhares de pessoas que têm de sofrer e pagar a iniquidade de um Estado povoado por uma classe política (aqui todos os partidos têm as suas responsabilidades) que prefere viver de lemas mal-amanhados e de ideias feitas a confrontá-los com a realidade.

Como a "evasão fiscal" foi instituída como mal nacional absoluto, todos os meios, iníquos ou não, eficazes ou não, (constitucionais ou não) são legítimos. Este governo PS em particular, que não estava evidentemente disposto a pactuar com as malandrices das "profissões liberais", nem com a irresponsabilidade cívica dos "recibos verdes", assim que assumiu funções aumentou em 50 por cento a contribuição mínima - obrigatória para todos os que anualmente ganham mais do que a choruda quantia de 6 salários mínimos. Foi assim que deu uma lição a todos esses milionários que eu pessoalmente vi a chorar numa repartição da Segurança Social no Areeiro quando foram forçados a pagar os juros e as multas.

Do alto da sua sabedoria, e, diga-se, da sua segurança profissional, várias fornadas de políticos e governantes lá foram repetindo ao longo dos últimos anos, no Parlamento, nos jornais e na televisão, que os "recibos verdes" eram um universo de vandalismo fiscal. Sempre sonhei que um dia o exército esfarrapado dos recibos verdes lhes fizesse ver, da pior maneira possível, o que era preciso. Ainda continuo a sonhar.

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