Não entro em caça às bruxas
O título que escolhi, mal interpretado, também pode ser criticado. Concordo na substância com o que diz Paulo Tunhas, mas como já escrevi em diversas ocasiões um líder partidário tem de saber viver nesta - por vezes maldita - sociedade mediática. Qualquer palavra é escrutinada ao pormenor. Toda a mensagem de Manuela Ferreira Leite - que era aliás particularmente relevante - foi engolida pela tal ironia das reformas sem democracia. Desapareceu, pura e simplesmente. É para isto que são úteis as agências de comunicação: para que passe o essencial da mensagem e se dispense o barulho. Para ajudar a evitar que pessoas competentes, bem-intencionadas e correctas como Manuela Ferreira Leite sejam crucificadas na praça pública por sound bytes mal interpretados. Infelizmente, meu caro Paulo, mais do que ninguém os políticos ficam prisioneiros das próprias palavras.