Do que se escreve sobre a gripe (II)
O caos que se instalou às portas dos Serviços de Urgência por esses hospitais fora. Não se resolverá esta semana, nem nas próximas. Resolver-se-á quando passar o surto e o tempinho quente chegar. Mas o problema voltará para o ano e sem solução à vista. É uma questão cultural, que não se resolve com «um plano de resposta para surtos de gripe». Estes servem para responder à pequena percentagem de casos que realmente precisam de uma consulta médica e destes àqueles que precisam de internamento hospitalar.
Neste aspecto, a ideia da Ministra da Saúde em adiar cirurgia programada para se poder internar mais doentes com complicações de gripe parece-me acertada. Pelas razões expostas no post anterior, julgo que a vontade de alargar os horários dos Centros de Saúde não surtirá o efeito desejado; até porque está bem na memória dos Portugueses a última campanha promovida pelo anterior Ministro da tutela «Nunca vou a um SAP, nem nunca irei!».
Ainda em relação à mesma pergunta, os médicos que estiveram, estão ou estarão «de folga do Natal» não afectam em nada a assistência no Serviço de Urgência. Em todos os hospitais, o médico escalado para a equipa de urgência desse dia é substituído em caso de férias ou de doença. No caso, de haver tolerância de ponto não usufrui da mesma.